A opção pelo pagamento com cartão de crédito tem se tornado cada vez mais popular. Se, por um lado, são várias as facilidades proporcionadas aos clientes, por outros, não se pode menosprezar o fato de que eles estão expostos a ação de pessoas mal intencionadas.
Em função da importância desse tema, nós preparamos um guia para esclarecer as principais dúvidas sobre as fraudes com cartão de crédito, atendo-se, principalmente, aos mecanismos de prevenção e a responsabilidade legal pelos crimes. Continue a leitura!
O cenário das fraudes com cartão de crédito no Brasil
O cenário é preocupante. Pesquisa repercutida pela imprensa brasileira constatou que, em solo brasileiro, são cometidas, a cada minuto, 3,6 fraudes com cartão de crédito. O mesmo estudo revela que, entre janeiro a agosto de 2018, foram detectados 920 mil golpes.
Além de se beneficiarem das vulnerabilidades presentes nos sistemas online – nota-se que o comércio eletrônico é um dos alvos preferidos das quadrilhas – também é preciso considerar os casos em que os criminosos conseguem induzir as vítimas a fornecer a senha do cartão ou mesmo entregá-los para terceiros.
No caso das ações fraudulentas praticadas diretamente contra as lojas físicas, os criminosos normalmente se aproveitam de um momento de distração do funcionário para efetuar a substituição da máquina de cartão da loja(POS) por outra que está configurada para outra conta corrente. Em outras palavras: você vende, mas não recebe, pois o pagamento é desviado.
Se, por um lado, os golpes se tornam cada vez mais complexos, todos os envolvidos no processo de compra com cartão se empenham para dar uma resposta rápida aos consumidores, demonstrando eficiência.
A importância de reforçar a segurança
O ponto de partida de qualquer estratégia a ser executada pelas empresas precisa ser o reforço da segurança. Em outras palavras, é preciso criar e amplificar os mecanismos de proteção de dados. Ter eficiência nesta atividade transformou-se em um diferencial competitivo.
Basicamente, há dois caminhos para o profissional: investir na criação de uma infraestrutura interna ou então delegar essa responsabilidade para uma empresa especializada. A seguir, veja algumas medidas que podem ser colocadas em prática para coibir as fraudes com cartão de crédito:
No Caso de Comércio Eletrônico On-line:
Preste atenção às políticas de segurança
A primeira precaução é saber quais são as políticas de segurança praticadas pela plataforma na qual o seu e-commerce está hospedado. A utilização de um certificado SSL garante que os dados sejam criptografados, ou seja, a conversão dos dados em uma espécie de código, fazendo com que as informações sejam visualizadas apenas pelo emissor e receptor.
Blindagem de sites
Dá-se o nome de blindagem aos softwares criados com a finalidade de ampliar a proteção de seu site. Como objetivos primários, eles dificultam a ação de hackers, impedindo que eles tenham acesso aos dados. A blindagem também oferece restrição ao carregamento de um vírus / malware e impede que o site seja retirado do ar por terceiros.
Invista em medidas antifraudes
Para potencializar ainda mais a segurança, é recomendável incorporar os chamados mecanismos antifraude. Basicamente, essa é uma tecnologia que analisa, em tempo real, os dados que são fornecidos pelos usuários no ato da compra. Dessa maneira, é possível verificar a autenticidade do cartão e também as informações sobre o terminal de compra, o que facilita a localização do infrator.
Promova ações de conscientização
Embora a empresa tenha responsabilidade sobre o sigilo das informações fornecidas pelos clientes, é válido investir em ações de conscientização, orientando os consumidores a prestar atenção em seu próprio comportamento. Oriente-os, por exemplo, a criar senhas fortes, mesclando números, letras e outros caracteres. O mais importante é fugir das combinações óbvias, como data de aniversário!
No Caso de Lojas Físicas:
Invista em Tecnologia
A primeira precaução é utilizar o TEF, porque com este sistema o Pinpad fica vinculado às vendas daquela loja (CNPJ), instalado no servidor do fornecedor do TEF e não funciona em outro local, evitando assim a troca, como acontece com o POS.
Utilize o sistema de CONCILIAÇÃO DE CARTÕES que permite o acompanhamento diário das vendas, detectando imediatamente qualquer tipo de problema que possa trazer prejuízo para o estabelecimento.
Os prejuízos que as fraudes com cartão de crédito trazem ao seu negócio
Uma vez que o consumidor perceba que foi vítima de uma fraude com cartão de crédito, fará a contestação da compra. Comprovada a irregularidade, tem início o processo de chargeback, que consiste no estorno dos valores já pagos pelo consumidor.
A responsabilidade pela devolução dos valores, bem como o pagamento de uma respectiva indenização, recai sobre a operadora do cartão ou então a instituição financeira, conforme previsto no Código de Defesa do Consumidor.
Todavia, a partir do momento em que uma compra é cancelada, o lojista deixa de receber por ela. Se tal situação se repetir com bastante frequência, pode comprometer o desempenho e colocar em risco a estabilidade financeira da organização.
É válido ressaltar, porém, que conforme a natureza do ato fraudulento, o lojista pode solicitar a reversão do chargeback. A aceitação do pedido está condicionada, entre outros fatores, a comprovação da venda e entrega do produto. Se a fraude foi provocada pela troca de máquinas, porém, a empresa perde esse direito.
A conciliação de cartões no combate às irregularidades
Antes de terminarmos esse texto, é importante lembrar como o processo de conciliação de cartões pode contribuir para a redução do índice de fraudes com cartão de crédito.
Na prática, trata-se do processo de conferência de todas as operações que envolvem o chamado dinheiro de plástico. Você vai poder mensurar quais os valores têm a receber, bem como os prazos previstos para depósito em conta.
No que diz respeito ao combate às irregularidades, a conciliação, quando realizada diariamente, torna mais precisa a identificação da origem da fraude. Dessa maneira, é possível identificar elementos comuns entre as situações, o que viabiliza o desenvolvimento de estratégias para corrigir as vulnerabilidades.
A conciliação pode ser realizada de maneira manual ou automática, mediante o uso de um software, como o SIMATEF CONCÍLIA, que funciona com ou sem integração ao sistema ERP. As transações com cartão são monitoradas em tempo real. Se você quiser delegar essa responsabilidade, para gerenciar outros setores, a equipe da SOTECH cuida dessa tarefa. Basta contratar o SIMATEF CONCÍLIA BPO.
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